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A tendência dos últimos anos mostra uma ligeira redução da mortalidade devida a acidentes vasculares cerebrais e enfartes do miocárdio. Pelo contrário, está a ocorrer um aumento dos casos de insuficiência cardíaca e de fibrilhação auricular.
No seu conjunto, as doenças cardiovasculares são as principais patologias, sendo responsáveis por mais de um terço de toda a mortalidade da população portuguesa.
As doenças cardiovasculares encontram-se habitualmente associadas a alterações do perfil lípidico, e quando se tem em conta os números, estes não enganam, dado que dois terços da população adulta portuguesa apresentam elevação do colesterol.
Contudo, ter não ou não o colesterol elevado em nada difere no que respeita apresentação de sintomatologia associada. A manifestação de sintomas ocorrerá em circunstâncias específicas, sob a forma de dor no peito devido a angina de peito ou enfarte do miocárdio.
E aquando da manifestação de sintomas, estes podem já refletir uma situação fatal, e portanto a prevenção assume um papel primordial.
A prevenção de desenvolvimento de doenças doenças cardiovasculares advém sobretudo de um estilo de vida saudável, praticando uma alimentação saudável, completa e variada e prática regular de exercício físico.
Relativamente, ao colesterol é primordial esclarecer que esta gordura é essencial ao organismo, tornando-se somente prejudicial quando em excesso. Esta gordura provém da que é sintetizada endogenamente e ingerida a partir da alimentação.
Assim, quando o colesterol excede os parâmetros da normalidade, ocorre deposição nas paredes arteriais, formando as designadas placas de aterosclerose, que por sua vez, reduzem o calibre dos vasos e dificultam o fluxo sanguíneo.
Consoante as artérias onde se formam as placas, podemos estar perante a doença carotídea, a qual pode provocar acidentes vasculares cerebrais. Ou doença das coronárias, quando o colesterol forma placas ateroscleróticas nas artérias que fornecem sangue ao coração. Desta forma, se a obstrução da artéria coronária for completa pode desencadear-se um enfarte do miocárdio.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50% dos enfartes do miocárdio e 20% dos Acidentes Vasculares Cerebrais decorrem por colesterol elevado.
PREVENÇÃO: ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL
Como responsáveis da alteração do perfil lípidico podem apontar-se hábitos alimentares inadequados e sedentarismo.
A excessiva ingestão de gordura saturada oriunda de gorduras de origem animal como:
- Carnes vermelhas
- Carnes gordas
- Carnes processadas
- Salsichas
- Bacon
- Enchidos
- Leite gordo
- Banha
- Manteiga
- Queijo gordo carnes gordas
- Fast food
Portanto, alterar os hábitos alimentares e praticar regularmente exercício físico, tem repercussões diretas e indiretas na redução de risco de doença cardiovascular.
Na medida em que, reduzir o consumo dos alimentos supracitados e praticar exercício físico permite reduzir o colesterol-LDL (“mau colesterol” e elevar o colesterol-HDL (“bom colesterol”).
Por outro lado, auxilia no controlo do peso corporal, e redução da probabilidade de desenvolvimento de patologias crónicas como a diabetes e hipertensão.
PARÂMETROS DE COLESTEROL
Para a população saudável, consideram-se adequados valores de colesterol inferiores a 190 mg/dl.
Mas indivíduos com patologia coronária ou outra doença aterosclerótica, diabetes ou insuficiência renal devem apresentar valores de colesterol inferiores a 175 mg/dl.
Quanto ao colesterol-LDL recomendam-se valores inferiores a 115 mg/dl para a população em geral e entre 70 e 100 mg/dl para doentes de alto risco, de modo assegurar maior protecção cardiovascular.
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Referência: Fundação Portuguesa de Cardiologia
Fonte da imagem: Tree