Adoçante: prejudicial ou benéfico?! 🤔🧐💙

Na grande maioria das consultas, quando é solicitada a substituição de açúcar por adoçante, surgem do lado oposto da secretária, os receios habituais, questionando frequentemente que “mas o adoçante não é pior do que o açúcar?”

Os adoçantes não têm valor energético associado, logo não proporcionam o aumento ponderal, comparativamente ao consumo excessivo de açúcar e produtos açucarados.

Relativamente aos produtos alimentares com adição de adoçantes, como são exemplo os refrigerantes light, tem-se verificado em alguns estudos, contrariamente ao que seria esperado, que são os indivíduos que ingerem mais este tipo de refrigerantes que têm maior risco de excesso de peso, obesidade e diabetes tipo 2.

Tal facto, pode ser explicado pela inadequação de hábitos alimentares anteriores há ocorrência destas condições de saúde, após as quais iniciaram a ingestão deste tipo de alimentos na tentativa de melhorar o estado geral de saúde.

Portanto, a utilização desta gama de produtos em substituição dos produtos com mais gordura e/ou açúcar constituem uma alternativa válida, embora o seu consumo deva sempre ser moderado, caso contrário pode cair-se no erro de ingerir o dobro da quantidade necessária, o que no caso de uma manteiga magra, por exemplo, irá equivaler à mesma quantidade energética presente em metade da quantidade de uma manteiga “normal”.

Por outro lado, importa ressalvar que a ingestão diária de produtos light doces pode aumentar o limiar de sensibilidade para este sabor, promovendo a procura de alimentos doces fornecedores da energia que os produtos light realmente não fornecem, levando a uma ingestão energética superior ao necessário, apesar de ainda serem necessários mais estudo no sentido de se demonstrar este efeito.

Acrescenta-se ainda, que se tem observado que a médio/longo prazo, a exposição a adoçantes pode alterar o controlo glicémico por desregulação a nível da flora intestinal, apesar deste efeito estar dependente de uma vasta variabilidade inter-individual.

Adicionalmente, alguns estudos de fraca evidência cientifica têm demonstrado associações do consumo de um refrigerante light/dia com aumento de risco de ocorrência de mieloma múltiplo e leucemia, quando é utilizado o aspartame, e também risco aumento de cancro da laringe aquando da ingestão de 2 pacotes de sacaria diariamente.

O stevia, muito em voga atualmente, ao contrário dos restantes, apresenta alguns benefícios interessantes, no que concerne a redução da tensão arterial, em hipertensos, e melhor controlo glicémico, em diabéticos.

Os “polióis” constituem adoçantes tipicamente adicionados a bolachas, barras proteicas, cereais, pastilhas e rebuçados “sem açúcar” em substituição do açúcar, designados por xilitol, sorbitol, manitol, maltitol, entre outros, cujo valor energético é aproximadamente metade do do açúcar, mas com impacto inferior em termos glicémicos e de cáries dentárias. Porém, aquando do seu consumidos excessivo, apresentam efeito laxante.  

Baseado em:  “Mitos que comemos”; Nutricionista Pedro Carvalho; 2016.

Fontes de imagens:

 


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