ALIMENTOS DE OUTONO
Com o São Martinho à porta é quase inevitável não recordar o cheiro da castanha assada com uma certa nostalgia associada aos tempos de infância, nos quais se preparava sempre o Magusto com grande azafama e alegria!
Este tipo de tradições trazem consigo não apenas a felicidade do convívio inerente ao mesmo, mas também alimentos únicos e tão característicos desta altura do ano, como são exemplo as já mencionadas castanhas, grelos, romãs, abóboras e laranjas.
CASTANHA
A castanha é um fruto amiláceo e eterna companheira dos familiares frutos gordos, como a noz, avelã, amêndoa, amendoim, e tantos outros.
Porém, a composição nutricional deste fruto é significativamente distinta, uma vez que, apresenta um teor em hidratos de carbono superior e quantidades francamente menores de gordura, e consequentemente, menor valor energético comparativamente aos restantes frutos gordos.
Dada a elevada quantidade de hidratos de carbono, este fruto constitui um substituto do pão, cereais, batata, arroz e massa!
Este fruto pode ser consumido cru, assado, cozido, servindo igualmente para se confecionarem sopas, molhos e sobremesas como panacota, leite creme e pudim, verdadeiramente deliciosas!
ABÓBORA
Comummente classificada como hortícola, em termos botânicos a abóbora é considerada um fruto, pertencendo à família das cucurbitáceas, a mesma da melancia, do melão, do chuchu e do pepino.
A abóbora pode ser utilizada na sua plenitude, aproveitando além do recheio, a casca e as sementes, podendo estas últimas ser utilizadas como snack, tostando no forno.
No que concerne a composição nutricional, apresenta um reduzido valor energético, bem como em hidratos de carbono, proteínas e lípidos.
É de salientar a sua riqueza em beta-carotenos, vitaminas E e C, restando o potássio do lado dos minerais.
Este fruto apresenta elevadas quantidades de compostos fenólicos, cujos efeitos se podem repercutir no controlo da glicemia e da pressão arterial.
O potencial antioxidante advém do elevado teor em vitamina A, luteína e zeaxantina, que podem auxiliar na prevenção de problemas de visão.
Em alguns estudos tem-se observado, que as sementes e a casca podem estar associadas à prevenção da hiperplasia benigna da próstata.
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ROMÃ
A romã outrora considerada uma fruta afrodisíaca, provém da região que se estende desde o Irão aos Himalaias, sendo atualmente cultivada em toda a bacia do Mediterrâneo.
Esta fruta outonal apresenta quantidades consideráveis de compostos fenólicos, razão pela qual se pode associar a fortes propriedades terapêuticas, como prevenção de diversos tipos de cancro, doenças cardiovasculares e doenças inflamatórias.
AMÊIJOA
A amêijoa, não é de todo um alimento que se associe impreterivelmente ao outono, porém é de facto um alimento igualmente sazonal.
Como molusco que é, é crucificado inúmeras vezes pelo suposto elevado teor em colesterol.
Contudo, o que de facto propicia a elevação sérica de colesterol total são mesmo as gorduras trans, que estão presentes em reduzidas quantidades no marisco.
De facto, o tipo de gordura predominante no marisco são os ácidos gordos polinsaturados, com efeitos bem vincados na saúde cardiovascular.
Não terminam aqui os benefícios advindos do consumo de marisco, sendo de ressalvar o alto valor biológico de que são revestidas as suas proteínas.
No que diz respeito o teor em micronutrientes, constitui ainda uma fonte de ferro, vitamina B12, zinco e selénio, importantes na produção de células sanguíneas, no sistema imunitário, desempenhando também um papel antioxidante, respectivamente.
No entanto, este tipo de alimento contém quantidades consideráveis de purinas, sendo assim desaconselhada a sua ingestão por indivíduos que tenham hiperuricemia e/ou gota, dado que propicia a elevação de ácido úrico.
Declaração nutricional: INSA| Nestlé
Fonte das imagens: autumn | castanha | amêijoa | abóbora | romã