6 Sintomas de uma Intolerância Alimentar 🤔💙
Intolerância alimentar🥛🍬
Esta patologia não desencadeia uma resposta do sistema imunitário e apresenta sintomas:
- Gastrointestinais (dor e distensão abdominal, diarreia, obstipação)
- Cefaleias
- Eczema
- Urticaria
- Fadiga e dores musculares
- Dificuldade de concentração, ansiedade ou depressão
Pode dever-se a diversas substâncias químicas presentes nos alimentos:
- Salicilatos: Café, chá, maçãs verdes, bananas, limão, nectarinas, uvas, tomates, cenouras, pepinos e ervilhas.
- Aminas: Cerveja, vinho, queijo, carnes curadas, conservas de peixe.
- Glutamatos: Tomate, queijo, extrato de levedura
- Cafeína: Café, chá, chocolate e alguns refrigerantes tipo “Cola”.
As intolerâncias alimentares ocorrem também sob a forma de defeitos enzimáticos, como é exemplo a intolerância à lactose, à frutose, aos frutanos, aos galactanos e aos polióis.
Intolerância à lactose
Na intolerância à lactose ocorre deficiência da enzima lactase o que impede a hidrólise completa da lactose, e consequentemente, as bactérias no cólon degradam-na em água, dióxido de carbono e hidrogénio.
Os sintomas surgem somente quando a deficiência em lactase é superior a 50%.
De um modo geral, existem casos de intolerância total e intolerância parcial. No caso em particular da intolerância os indivíduos toleraram cerca de 12 g de lactose/dia desde que repartida ao longo do dia alimentar.
Diagnóstico
Testes úteis para identificar intolerâncias alimentares específicas:
- Exclusão alimentar (2-4 semanas) na qual se verifica se ocorre uma melhoria sintomática.
- Testes Respiratórios: deteção de hidrogénio no ar expirado, o qual é produzido aquando da digestão de hidratos de carbono.
- Endomicroscopia Laser Confocal.
- Testes não validados: IgG ou IgG4 específica para o alérgeneo; Ensaios citotóxicos; Testes eletrodérmicos.
Tratamento
Se após uma dieta de eliminação ocorrer melhoria sintomática, deve ser evitado o do alimento em questão.
Quanto aos testes não validados a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica pronunciou-se a esse respeito enumerando que:
“Neste contexto os testes supracitados não têm qualquer fundamentação científica, não têm utilidade diagnóstica e a sua realização e interpretação no âmbito clínico podem configurar elementos de má prática, não devendo igualmente receber qualquer tipo de comparticipação pelos sistemas de saúde”.
Neste tipo de testes na realidade testam a tolerância aos alimentos consumidos mais frequentemente, e não a sua intolerância.
Posteriormente, torna-se importante perceber e monitorizar quais os alimentos ou grupos alimentares que desencadeiam os sintomas, de forma a evitar dietas demasiado restritivas que podem promover deficiências nutricionais graves, e ser devidamente acompanhado por um(a) nutricionista.
Referências bibliográficas: Helena de Carvalho Monte; Artigo de revisão: Alergias e Intolerâncias Alimentares – Novas perspectivas; 2015